Desengrosso Makita
Enviado: Qui Jun 26, 2014 4:08 am
Pessoal,
O Lauro, lá no nosso encontro na chácara do chatara, me pediu para repostar minha análise sobre o desengrosso Makita...não vou fazer uma transcrição exata, mas procurarei ser o mais fiel possível ao tópico criado lá no fórum, como "acessório ou necessório?".
Existem determinadas coisas que são denominadas erradamente de "acessório".
Uma delas, ao menos aqui no Rio, é o ar condicionado de carro que além de proporcionar conforto também oferece uma segurança relativa...
Outra, agora ligada a nossa área, é o famigerado coletor de pó/serragem, que alguns fabricantes e em alguns determinados modelos de máquinas, classificam de "acessório".
Um caso típico é o do desengrosso da Makita 2012NB, onde a peça além de não acompanhar o equipamento, é vendida por um preço exorbitante se considerarmos o preço da máquina ou simplesmente o sentimento da quantidade de plástico empregado, a complexidade de construção etc...
A Makita perdeu pontos comigo sob este aspecto e minhas próximas aquisições irão considerar seriamente este item, para o qual alerto a turma da serragem, pois no caso do desengrosso, a segunda posição de trabalho (saída da madeira), é muito arriscada, mesmo com a utilização do EPI básico (óculos), pois é grande a quantidade e a velocidade de saída de cavacos que podem entrar nas narinas e/ou produzirem ferimentos no rosto, tórax, ombros, braços...isto me lembra a roupa de escafandro que alguém colocou para manipulação de MDF, no assunto "MDF PODE CAUSAR CANCER!".
Diferentemente de uma lixadeira de cinta, plaina ou serra circular (todas de mão), onde o pó/serragem saem para o lado e não em direção ao corpo do operador...a Makita pisou feio na bola... mas também não temos nenhum orgão ou associação de usuários que exerça algum tipo formal de crítica ou pressão em cima de fabricantes...la-men-tá-vel...
Não recomendo a compra sem o bendito "NECESSÓRIO".
http://i1322.photobucket.com/albums/u57 ... 22241f.jpg[/miniatura]
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A crítica feita criou um pouco de polêmica, até compreensível, mas deixei claro que eu não estava condenando a máquina, apenas a minha divergência quanto ao que a Makita considera "acessório".
Meses depois reabri o tópico levantando um problema que estava me chateando, que é uma ligeira depressão (snipe) no início da peça trabalhada, o que me obrigava a descartar uns 5cm de todas as peças...
Várias opiniões surgiram e até uma acomodação de que tais equipamentos tem essa mesma característica, porém inconformado...
Começei pelo tal cartão postal (recomendado no manual)!!! Mas quem é que ainda tem cartão postal numa época de celular, e-mail, fotos eletrônicas?... Eu não tenho e se tenho nem sei nem onde está...
Peguei uns cartões de embalagem de lâmpadas fluorescentes eletrônicas e vi que suas espessuras variavam de 0,35 a 0,39mm... como o problema da máquina é na entrada da madeira, avaliei qual cartão ficava certinho com a aba de saída (que não tem o problema) e o escolhido foi o de 0,35mm.
A peça para teste tem 1m e é de massaranduba.
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Peguei um perfil de alumínio que tenho e fiz a avaliação conforme o manual orienta e descobri que não estava corretamente ajustado, tendo uma diferença entre 0,7 (2 cartões) e 1,05mm (3 cartões).
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Por que uma faixa de diferença? Porque sem peso nenhum a aba assume uma altura e com algum peso ela desce ligeiramente...
Então fiz o ajuste com um pouco de peso na aba...
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Este ajuste foi feito de ambos os lados, sendo que do lado esquerdo a diferença era menor...
Quando estava pegando a chave allen na caixinha da máquina, reparei um amassado na bandeja...fiquei P da vida, mas não foi difícil acertar...
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A diferença melhorou um pouco... reforcei com lápis para melhor visualização...
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Variei os parafusos (direito e esquerdo), até meia volta, apertando e afrouxando e a diferença piorou quando para afrouxado e quanto apertado passou a ocorrer o problema ligeiramente em uma distância um pouco deferente dos 5cm originais... retornei ao ponto de ajuste e deixei...
Fiz várias passadas e a diferença se manteve mínima...eu não obedeci os veios da madeira, pois teria de virar a peça e não queria misturar o resultado com a saída da madeira, que está perfeita...
Observei então que a peça ao entrar na máquina poderia estar forçando a aba ao ponto de alguma flexão e não deu outra...
Substitui a porta que estava em cima dos cavaletes fazendo o papel de mesa por dois caibros que me deram condição de fixar duas pecas de madeira (uma de cada lado da aba), de forma que a flexão ficasse nula e o resultado ficou excelente...passei os outros lados da peça...sem problemas...
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Reparei que mesmo com o direcionador de cavacos, muita serragem caia em virtude de uma abertura existente entre o mesmo e a máquina, provavelmente para a entrada de ar quando no uso de aspiração forçada, que não é o meu caso no momento...
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Lembrei que tenho uma tira de borracha EVA, cortei e vedei as frestas, melhorando bastante... fica um tiquinho preso, mas acho que com a aspiração não ocorrerá isso... daqui a uns 8 meses eu testo...rsrsrs
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Conclusão final:
São vários os fatores que causam a depressão inicial na peça a ser aplainada (a final não analisei pois não ocorria).
1 - A própria madeira, pois depende do paralelismo e retidão após o corte.
2 - O ângulo de entrada da peça, deve ser nulo, ou seja, a peça deve entrar bem paralela com a mesa, salvo se muito comprida, pois aí tem-se que compensar o envergamento natural com o levantamento do lado contrário...
3 - O ajuste recomendado pelo fabricante deve estar perfeito.
4 - Flexões mínimas na aba, tendem a causar o problema ou o aumento do mesmo.
5 - A máquina deve ser bem fixada à mesa ou bancada, pois com o peso da peça pode ocorrer uma vibração ou desnível que ocasionará uma acentuação do problema ou sucessivas micro valetas transversais na peça.
A flexão na saída da peça obviamente que também deve ocorrer, porém creio que como a peça está saindo estabilizada, o problema é tão mínimo e suave que não é perceptível visualmente.
O item 3 foi corrigido e melhorou bastante, já o 4 vou estudar um meio de colocar um suporte regulável e eliminar a flexão, o 5 foi resolvido para o teste com grampo "C".
Portanto não devemos assumir o problema como sendo natural ou intrínseco da máquina, ele é resolvível... dá trabalho e um pouco de "jeitinho" para contornar...
Mais adiante voltei a carga, após medições com ferramental mais preciso...
Continuando as análises...
Demonstração da flexão na aba... vejam meu dedo exercendo pressão para baixo...o correto seria a colocação do relógio bem na ponta da aba, onde a flexão é maior... mas onde foi possível já dá uma ideia..
http://i1322.photobucket.com/albums/u57 ... ea5bb9.jpg[/miniatura]
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http://i1322.photobucket.com/albums/u57 ... 510f96.jpg[/miniatura]
A torção que o Matthias demonstrou na máquina Delta, também apareceu na Makita, porém ela foi pouco significativa (0,05mm), demonstrando uma folga mínima entre as 4 colunas e suas buchas na plataforma de sustento da máquina, auxiliado também pelo bom espaçamento, conforme sinalizado pela minha mão.
As setas indicam os movimentos que fiz pra avaliar, porém pela dificuldade de fixação de peças ou alavancas, não me foi possível registrar em fotos, pois tive que usar as duas mãos para a torção e sem alguém pra ajudar, fica difícil...
Se a máquina estivesse fora da garantia, eu teria como desmontar e avaliar a folga direto no eixo/bucha, mas como a folga é aceitável e o problema não ocorre... deixa queto...
http://i1322.photobucket.com/albums/u57 ... afa19f.jpg[/miniatura]
Achei um pedaço de Massaranduba com 30cm, que aplainei antes destas análises e serve para demonstrar, agora com o relógio comparador, como era e como ficou depois da correta regulagem da aba e da perfeita imobilização da tal flexão...
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Vejam a variação como era...dá pra ver bem a marca...
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Comparando agora a peça de 1m...
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Variação existe, mas não é visualmente perceptível e pelo tato é muito sutíl...não fosse a necessidade da correção da flexão da aba, eu estaria 100% satisfeito.
Portanto acrescento mais um item que é importante para a identificação ou solução do problema...
1 - A própria madeira, pois depende do paralelismo e retidão após o corte.
2 - O ângulo de entrada da peça, deve ser nulo, ou seja, a peça deve entrar bem paralela com a mesa, salvo se muito comprida, pois aí tem-se que compensar o envergamento natural com o levantamento do lado contrário...
3 - O ajuste recomendado pelo fabricante deve estar perfeito.
4 - Flexões mínimas na aba, tendem a causar o problema ou o aumento do mesmo.
5 - A máquina deve ser bem fixada à mesa ou bancada, pois com o peso da peça pode ocorrer uma vibração ou desnível que ocasionará uma acentuação do problema ou sucessivas micro valetas transversais na peça.
6 - Folgas maiores que 0,05mm (tomado como base pela minha medida), no suporte ao conjunto motor, facas e roletes de tração, em relação aos 4 eixos que o sustentam, poderão contribuir para causar o problema.
Todos são resolvíveis, sendo que o nr 6 é o que dará mais trabalho e custo, pois requer serviço de torneiro para um embuchamento mais rígido/justo.
Sendo assim, máquina perfeita e ajustada e um operador consciente, não há razão para desperdiçar madeira...
Bração,
Bange
O Lauro, lá no nosso encontro na chácara do chatara, me pediu para repostar minha análise sobre o desengrosso Makita...não vou fazer uma transcrição exata, mas procurarei ser o mais fiel possível ao tópico criado lá no fórum, como "acessório ou necessório?".
Existem determinadas coisas que são denominadas erradamente de "acessório".
Uma delas, ao menos aqui no Rio, é o ar condicionado de carro que além de proporcionar conforto também oferece uma segurança relativa...
Outra, agora ligada a nossa área, é o famigerado coletor de pó/serragem, que alguns fabricantes e em alguns determinados modelos de máquinas, classificam de "acessório".
Um caso típico é o do desengrosso da Makita 2012NB, onde a peça além de não acompanhar o equipamento, é vendida por um preço exorbitante se considerarmos o preço da máquina ou simplesmente o sentimento da quantidade de plástico empregado, a complexidade de construção etc...
A Makita perdeu pontos comigo sob este aspecto e minhas próximas aquisições irão considerar seriamente este item, para o qual alerto a turma da serragem, pois no caso do desengrosso, a segunda posição de trabalho (saída da madeira), é muito arriscada, mesmo com a utilização do EPI básico (óculos), pois é grande a quantidade e a velocidade de saída de cavacos que podem entrar nas narinas e/ou produzirem ferimentos no rosto, tórax, ombros, braços...isto me lembra a roupa de escafandro que alguém colocou para manipulação de MDF, no assunto "MDF PODE CAUSAR CANCER!".
Diferentemente de uma lixadeira de cinta, plaina ou serra circular (todas de mão), onde o pó/serragem saem para o lado e não em direção ao corpo do operador...a Makita pisou feio na bola... mas também não temos nenhum orgão ou associação de usuários que exerça algum tipo formal de crítica ou pressão em cima de fabricantes...la-men-tá-vel...
Não recomendo a compra sem o bendito "NECESSÓRIO".
A crítica feita criou um pouco de polêmica, até compreensível, mas deixei claro que eu não estava condenando a máquina, apenas a minha divergência quanto ao que a Makita considera "acessório".
Meses depois reabri o tópico levantando um problema que estava me chateando, que é uma ligeira depressão (snipe) no início da peça trabalhada, o que me obrigava a descartar uns 5cm de todas as peças...
Várias opiniões surgiram e até uma acomodação de que tais equipamentos tem essa mesma característica, porém inconformado...
Começei pelo tal cartão postal (recomendado no manual)!!! Mas quem é que ainda tem cartão postal numa época de celular, e-mail, fotos eletrônicas?... Eu não tenho e se tenho nem sei nem onde está...
Peguei uns cartões de embalagem de lâmpadas fluorescentes eletrônicas e vi que suas espessuras variavam de 0,35 a 0,39mm... como o problema da máquina é na entrada da madeira, avaliei qual cartão ficava certinho com a aba de saída (que não tem o problema) e o escolhido foi o de 0,35mm.
A peça para teste tem 1m e é de massaranduba.
Peguei um perfil de alumínio que tenho e fiz a avaliação conforme o manual orienta e descobri que não estava corretamente ajustado, tendo uma diferença entre 0,7 (2 cartões) e 1,05mm (3 cartões).
Por que uma faixa de diferença? Porque sem peso nenhum a aba assume uma altura e com algum peso ela desce ligeiramente...
Então fiz o ajuste com um pouco de peso na aba...
Este ajuste foi feito de ambos os lados, sendo que do lado esquerdo a diferença era menor...
Quando estava pegando a chave allen na caixinha da máquina, reparei um amassado na bandeja...fiquei P da vida, mas não foi difícil acertar...
A diferença melhorou um pouco... reforcei com lápis para melhor visualização...
Variei os parafusos (direito e esquerdo), até meia volta, apertando e afrouxando e a diferença piorou quando para afrouxado e quanto apertado passou a ocorrer o problema ligeiramente em uma distância um pouco deferente dos 5cm originais... retornei ao ponto de ajuste e deixei...
Fiz várias passadas e a diferença se manteve mínima...eu não obedeci os veios da madeira, pois teria de virar a peça e não queria misturar o resultado com a saída da madeira, que está perfeita...
Observei então que a peça ao entrar na máquina poderia estar forçando a aba ao ponto de alguma flexão e não deu outra...
Substitui a porta que estava em cima dos cavaletes fazendo o papel de mesa por dois caibros que me deram condição de fixar duas pecas de madeira (uma de cada lado da aba), de forma que a flexão ficasse nula e o resultado ficou excelente...passei os outros lados da peça...sem problemas...
Reparei que mesmo com o direcionador de cavacos, muita serragem caia em virtude de uma abertura existente entre o mesmo e a máquina, provavelmente para a entrada de ar quando no uso de aspiração forçada, que não é o meu caso no momento...
Lembrei que tenho uma tira de borracha EVA, cortei e vedei as frestas, melhorando bastante... fica um tiquinho preso, mas acho que com a aspiração não ocorrerá isso... daqui a uns 8 meses eu testo...rsrsrs
Conclusão final:
São vários os fatores que causam a depressão inicial na peça a ser aplainada (a final não analisei pois não ocorria).
1 - A própria madeira, pois depende do paralelismo e retidão após o corte.
2 - O ângulo de entrada da peça, deve ser nulo, ou seja, a peça deve entrar bem paralela com a mesa, salvo se muito comprida, pois aí tem-se que compensar o envergamento natural com o levantamento do lado contrário...
3 - O ajuste recomendado pelo fabricante deve estar perfeito.
4 - Flexões mínimas na aba, tendem a causar o problema ou o aumento do mesmo.
5 - A máquina deve ser bem fixada à mesa ou bancada, pois com o peso da peça pode ocorrer uma vibração ou desnível que ocasionará uma acentuação do problema ou sucessivas micro valetas transversais na peça.
A flexão na saída da peça obviamente que também deve ocorrer, porém creio que como a peça está saindo estabilizada, o problema é tão mínimo e suave que não é perceptível visualmente.
O item 3 foi corrigido e melhorou bastante, já o 4 vou estudar um meio de colocar um suporte regulável e eliminar a flexão, o 5 foi resolvido para o teste com grampo "C".
Portanto não devemos assumir o problema como sendo natural ou intrínseco da máquina, ele é resolvível... dá trabalho e um pouco de "jeitinho" para contornar...
Mais adiante voltei a carga, após medições com ferramental mais preciso...
Continuando as análises...
Demonstração da flexão na aba... vejam meu dedo exercendo pressão para baixo...o correto seria a colocação do relógio bem na ponta da aba, onde a flexão é maior... mas onde foi possível já dá uma ideia..
A torção que o Matthias demonstrou na máquina Delta, também apareceu na Makita, porém ela foi pouco significativa (0,05mm), demonstrando uma folga mínima entre as 4 colunas e suas buchas na plataforma de sustento da máquina, auxiliado também pelo bom espaçamento, conforme sinalizado pela minha mão.
As setas indicam os movimentos que fiz pra avaliar, porém pela dificuldade de fixação de peças ou alavancas, não me foi possível registrar em fotos, pois tive que usar as duas mãos para a torção e sem alguém pra ajudar, fica difícil...
Se a máquina estivesse fora da garantia, eu teria como desmontar e avaliar a folga direto no eixo/bucha, mas como a folga é aceitável e o problema não ocorre... deixa queto...
Achei um pedaço de Massaranduba com 30cm, que aplainei antes destas análises e serve para demonstrar, agora com o relógio comparador, como era e como ficou depois da correta regulagem da aba e da perfeita imobilização da tal flexão...
Vejam a variação como era...dá pra ver bem a marca...
Comparando agora a peça de 1m...
Variação existe, mas não é visualmente perceptível e pelo tato é muito sutíl...não fosse a necessidade da correção da flexão da aba, eu estaria 100% satisfeito.
Portanto acrescento mais um item que é importante para a identificação ou solução do problema...
1 - A própria madeira, pois depende do paralelismo e retidão após o corte.
2 - O ângulo de entrada da peça, deve ser nulo, ou seja, a peça deve entrar bem paralela com a mesa, salvo se muito comprida, pois aí tem-se que compensar o envergamento natural com o levantamento do lado contrário...
3 - O ajuste recomendado pelo fabricante deve estar perfeito.
4 - Flexões mínimas na aba, tendem a causar o problema ou o aumento do mesmo.
5 - A máquina deve ser bem fixada à mesa ou bancada, pois com o peso da peça pode ocorrer uma vibração ou desnível que ocasionará uma acentuação do problema ou sucessivas micro valetas transversais na peça.
6 - Folgas maiores que 0,05mm (tomado como base pela minha medida), no suporte ao conjunto motor, facas e roletes de tração, em relação aos 4 eixos que o sustentam, poderão contribuir para causar o problema.
Todos são resolvíveis, sendo que o nr 6 é o que dará mais trabalho e custo, pois requer serviço de torneiro para um embuchamento mais rígido/justo.
Sendo assim, máquina perfeita e ajustada e um operador consciente, não há razão para desperdiçar madeira...
Bração,
Bange