Entre as décadas de 50 e 90, enquanto o país impunha restrições à importação, ter um esportivo ou um carro de luxo nos padrões europeus era quase impossível.
Para suprir, em parte, essa necessidade do mercado interno é que surgiram os nacionais apelidados de fora de série. Fabricados com fibra de vidro, plataforma e mecânica da VW, muitos desses carros foram sucessos que até hoje surpreendem pela ousadia e estilo.
A história do Miura começou quando os sócios gaúchos Aldo Besson e Itelmar Gobbi decidiram expandir os negócios de uma loja de bancos e acessórios automotivos, com o intuito de produzir um esportivo nacional com desenho marcante e acabamento refinado.
Depois de quase dois anos de projeto, utilizando como base um desenho de Nilo Laschuck, então estudante de arquitetura, os gaúchos apresentaram o primeiro Miura, o Sport, em 1977.
Design e acabamento
Conhecido pela memorável frente em formato de cunha, faróis escamoteáveis, limpadores escondidos entre o capô e o para-brisa, este, bastante inclinado, o Miura chamava atenção pelo visual moderno e arrojado.
O modelo contava ainda com lanternas traseiras projetadas com exclusividade para acompanhar o desenho do para-choque em plástico injetado e rodas aro 14, calçadas em pneus 185/70.
Outro ponto alto do modelo era o impressionante acabamento interno. Revestido de náilon, incluindo detalhes no painel, laterais e teto e com assoalho acarpetado, poucos carros à época acompanhavam esses padrões de capricho e atenção a detalhes.
Mecânica e equipamentos
Se o Miura chamava a atenção no seu lançamento pelo visual e acabamento, o mesmo não podia ser dito sobre o desempenho.
Assim como os outros “fora de série”, o Sport também possuía a base mecânica da VW, sem nenhuma novidade. No caso, o motor era 1.6 AR, 65 cavalos, de desempenho tímido, com velocidade máxima de apenas 135 Km/h e aceleração de 0 a 100Km em 23s. O câmbio era de quatro marchas, manual, os freios a disco na dianteira e a tambor na traseira e a suspensão independente, com semi-eixos oscilantes na traseira.
Mais tarde, o Sport II (1981) receberia nova motorização (1.6 refrigerado a água), do então Passat TS, deixando o modelo muito mais atrativo e à altura do visual. Agora com 88 cv de potencia a 5.800 rpm e torque máximo de 13,3 kgfm, o Miura Sport alcançava os 180 km/h, apresentando aceleração de 0 a 100 em apenas 13s.
Se inicialmente a motorização não agradava tanto, o grande destaque do Sport desde o laçamento era a cartela de equipamentos. De série o modelo contava com regulagem elétrica da altura do volante, algo inédito para os nacionais, e pedais também ajustáveis, estes por meio de extensões, permitindo ao motorista configurar a posição mais confortável de dirigir.
Já na lista de opcionais, rádio com toca-fitas, vidros elétricos e ar-condicionado completavam os mimos do modelo.
Quem fez a Historia *Miura*
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Edú
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Re: Quem fez a Historia *Miura*
Eu me lembro bem dessa época. Não havia carros esportivos de série no Brasil. As montadoras apenas pegavam um de seus modelos mais populares e faziam uma "versão esportiva", que consistia em colocar rodas de liga leve aro 14", farol de milha, aerofólio, pintura diferente e as vezes trocavam os bancos. Aumentavam o preço e daí vieram o Gol GTI, o Passat GTS, o Escort XR3, O Fiat Rallye (esse chegou a a ter uma versão com motor turbo) e o Kadet GSI.
Como a importação era proibida, o que havia eram essas fábricas de carros artesanais como Ádamo, Puma, Hofsteter, Santa Matilde, Bianco e a própria Miura. Esses carros eram caríssimos: um Miura, como dito no vídeo, custava US$ 70 mil!
Como a importação era proibida, o que havia eram essas fábricas de carros artesanais como Ádamo, Puma, Hofsteter, Santa Matilde, Bianco e a própria Miura. Esses carros eram caríssimos: um Miura, como dito no vídeo, custava US$ 70 mil!
Abs,
Paulo Celso
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Na minha oficina sigo a máxima me meu avô:
"UM LUGAR PARA CADA COISA, E CADA COISA FORA DO SEU LUGAR."
"É melhor tentar e falhar, que preocupar-se e ver a vida passar;
é melhor tentar, ainda que em vão, que sentar-se fazendo nada até o final.
..."
Martin Luther King
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